Falta de água prejudica plantações e agricultores de assentamento temem prejuízos

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Agricultores do assentamento Prata, em Porto Nacional, reclamam da pouca quantidade de água que tem chegado às propriedades para irrigação das lavouras. Moradores do assentamento do Prata reclamam de insegurança, falta de água e de energia
No assentamento Prata, localizado em Porto Nacional, moradores vivem da agricultura. Eles plantam, colhem e vendem os produtos para ter a própria renda. Mas, o problema com a falta de água tem dificultado a irrigações e afetado as plantações.
O produtor Domingos Gonçalves diz ficar triste ao ver a plantação de milho secando. “Sem água aqui, fica difícil porque aqui se faltar água dois dias, seca tudo. O terreno é arenoso, a água vai embora rápido”.
Ele investiu cerca de R$ 2 mil com a preparação da terra e está preocupado porque depende da agricultura para sobreviver. “É como se tivesse derramado o alimento do meu prato porque eu estou vivendo disso aqui. Estou vivendo dessa lavoura, eu planto, eu colho, levo para a cidade e vendo para sobreviver”.
O agricultor Nilson Antônio Mutz planta pimenta e mandioca para vender na cidade. O problema da água impacta no desenvolvimento das culturas. “Olhe a qualidade da pimenta, está toda murcha. Com duas semanas já está desse jeito e daqui mais uns dias?”, questionou.
Sem água, agricultores do assenstamento do Prata têm prejuízo com as plantações
Reproduçõa/TV Anhanguera
A água que chega nas casas saem de cisternas. Já para a lavoura, é usada a água do projeto São João. O problema teria começado há 15 dias com a redução da vazão em uma placa por onde passa água.
“Ela vem direto da bomba chefe e cai na bomba TJ4, que é a bomba que fornece água para nós aqui. Eles reduziram só essa área, nas outras eles não mexeram. Nós vamos ter que saber quem foi, porque motivo estão fazendo isso conosco”, afirmou Nilson.
Os agricultores não pagam pelo abastecimento de água, mas estão dispostos a resolver a situação. “Estamos prontos para ajudar uma taxa para dar manutenção nas bombas. O que não posso é ficar sem água”, enfatizou ele.
Outro problema enfrentado pelos moradores é com relação à falta de segurança. Eles contam que têm acontecido muitos furtos na região.
Sobre a água, a Secretaria Estadual da Infraestrutura, Cidades e Habitação informou que o problemas na pressão da água são causados, principalmente por ligações irregulares e por lotes micro parcelados, o que exige uma distribuição maior da água que é bombeada. Disse que já vem tomando medidas judiciais para resolver a situação.
A secretaria também informou que está em fase de licitação a compra de novos cavaletes com regulagem de pressão e da vasão de água.
Sobre a segurança do local, a Polícia Militar informou que o efetivo do 6º Batalhão faz o policiamento, incluindo visitas cidadãs, buscando estreitar o contato com a comunidade, reforçando assim a comunicação e a prevenção da criminalidade.
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Fonte: G1 Tocantins