‘Não foi fácil tratar’, diz homem diagnosticado com dengue e Covid-19 ao mesmo tempo no Tocantins

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Mais de 2,6 mil casos de dengue foram registrados este ano em 62 cidades do estado. Dois pacientes morreram. Casos de dengue aumentam no TO; duas pessoas morreram pela doença este ano
As notificações e casos suspeitos de dengue cresceram 70% no Tocantins. Os dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) apontam que neste ano 3.051 casos foram notificados e, até agora, 2.670 foram confirmados. Os casos foram registrados em 62 cidades do estado. Saulo Resende Póvoa, que foi diagnosticado com dengue e coronavírus ao mesmo tempo, pede que as pessoas tenham cuidado e façam a limpeza nos quintais. (Veja o vídeo)
O homem, que é tecnólogo em telecomunicações, conta que os tratamentos foram complicados.
“Não foi fácil tratar porque são dois vírus totalmente diferentes um do outro e que merecem tratamento diferenciado. Nós temos que ter muito cuidado, nos conscientizar em fazer as limpezas nos lotes. Covid já é difícil, agora imagine com a dengue junto”, disse Saulo Resende Póvoa.
O comunicador já está curado das duas doenças, mas nem todos tiveram a mesma chance.
Só neste ano duas pessoas, moradores de Palmas e Gurupi, morreram após serem diagnosticadas com dengue.
Homem foi diagnosticado com Covid-19 e dengue ao mesmo tempo no Tocantins
Reprodução
Os números de 2021 são muito maiores se comparados com o mesmo período do ano passado, quando houve 1.791 notificações e 1.620 casos confirmados.
Eliezita Castro, moradora de Palmas, tem o quintal cheio de plantas e toma todos os cuidados para evitar focos e criadouros do mosquito. Para não deixar água acumulada ela faz vistoria diária em todas as áreas da residência. A dona de casa já foi diagnosticada com dengue duas vezes.
“A primeira vez foi ruim e a segunda fiquei até cega. Fui para o hospital cega. Era soro direto, medica. Mas fiquei boa. Graças a Deus nunca mais tive”, disse a moradora.
Mas nem todos os moradores tem a mesma preocupação. O aumento de casos prova que as pessoas estão menos cuidadosas.
Leandro Layter, que é doutor em medicina tropical, avalia a situação como preocupante. Principalmente porque o período epidêmico ainda não chegou. As notificações costumam subir quando as chuvas se tornam mais frequentes.
“Final de ano ou início de ano, com as fortes chuvas, o nível da água sobe e o ovo em contato com a água nasce a larva”. Ele recomenda que todos fiquem atentos aos sintomas. “A parte dos olhos, dor de cabeça, dor muscular. Você tem as manchas vermelhas pelo corpo, essa parte de cansaço, a falta de apetite”, orientou o médico.
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Fonte: G1 Tocantins